Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11), durante a Expodireto Cotrijal, no tradicional Café com a Imprensa, evento promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul e Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/RS-Ascar). Segundo a segunda estimativa da safra de grãos de verão, apresentada pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, a produção total de grãos no estado deve atingir 28.050.178 toneladas, em uma área cultivada de 8.435.197 hectares.
O milho segue como a cultura mais presente nas propriedades rurais devido à sua importância para diversas cadeias produtivas. Na safra atual, a área cultivada atingiu 696.587 hectares, com uma produtividade média de 6.866 quilos por hectare (kg/ha), representando um aumento de 21,6% em relação à safra 2023/2024. Já a silagem de milho ocupa 336.531 hectares, com uma produção estimada superior a 12,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 11,9% na comparação com a safra anterior.
Soja e outras culturas
A soja, principal cultura do estado, registrou um pequeno aumento na área cultivada, de 0,3%, totalizando mais de 6,7 milhões de hectares. No entanto, as condições climáticas adversas impactaram a produtividade, resultando em uma redução de 17,4% na produção, estimada em 15.072.765 toneladas. A produtividade da soja caiu para 2.240 kg/ha ou 37,33 sacas por hectare, uma queda de 20,3% em relação à safra anterior.
O arroz irrigado, de acordo com dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), ocupa uma área de 970.194 hectares. A Emater/RS-Ascar estima uma produtividade de 8.376 kg/ha e uma produção de mais de 8,12 milhões de toneladas do grão.
Já o feijão de primeira safra foi cultivado em 27.149 hectares, alcançando uma produção de 49,9 mil toneladas. Para a segunda safra, estima-se uma redução de 46,5% na área cultivada, totalizando 11.913 hectares e uma produção esperada de 18.196 toneladas.
Importância dos dados
Durante a apresentação dos números, o vice-governador Gabriel Souza destacou a relevância da divulgação da estimativa da safra na Expodireto. “Essa é uma divulgação fundamental para mostrar o quanto fomos afetados pela estimativa”, afirmou.
O presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, enfatizou a qualidade das informações coletadas. “A precisão dos dados deve ser feita ao trabalho dos extensionistas em cada município, que mantenha contato direto com os produtores rurais, garantindo informações consistentes e adicionais”, explicou.
Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, também ressaltou a importância do trabalho da Emater/RS-Ascar. “A Emater é uma vitrine de cultura familiar, do desenvolvimento e da diversificação da agroindústria. Sem esse suporte, não teríamos nossa cooperativa”, afirmou.
Os dados divulgados reforçam a relevância da agricultura para a economia do Rio Grande do Sul, evidenciando os desafios e oportunidades para os produtores rurais no cenário agrícola atual.
