Um médico cardiologista foi preso em flagrante na manhã do dia 29 de abril de 2025 após uma operação policial revelar cenas de extremo horror em sua residência, localizada em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O caso ganhou grande repercussão nacional pela gravidade das imagens encontradas.
O profissional, identificado como Walter Rau da Silva Vieira, mantinha animais mortos congelados dentro de um freezer, além de cães e gatos vivos em condições de total abandono. A ação foi conduzida pela Polícia Civil durante a Operação Liberandum, que contou com apoio de órgãos ambientais.
Freezer com filhotes mortos e ambiente insalubre
Ao entrar na casa, situada na Rua Pedro Álvares Cabral, no bairro Canaã, os agentes encontraram um cenário de degradação. Onze animais vivos, entre gatos e cachorros, estavam cercados por fezes, restos de comida apodrecida e um forte odor. Dentro do freezer, foram encontrados sete cães mortos, incluindo filhotes, todos armazenados em sacos plásticos pretos. Quatro gatos estavam trancados em um banheiro, em situação de risco.
Filho denunciou o próprio pai
A denúncia foi feita pelo próprio filho do médico, que estranhou o mau cheiro vindo da residência e acionou as autoridades. Após a denúncia, as equipes policiais entraram no imóvel e constataram os maus-tratos, além de encontrarem substâncias anestésicas suspeitas — possivelmente de uso veterinário ou odontológico — e uma quantidade de erva seca semelhante à maconha.
Casa interditada e investigação em andamento
A casa foi interditada, e o caso segue sob investigação. A polícia trabalha com diversas hipóteses e não descarta o envolvimento do cardiologista em outros crimes. Há especulações sobre suposta venda de carne de cachorro, mas essa informação ainda não foi confirmada oficialmente.
Indignação nas redes sociais e pedidos de punição
O caso causou revolta nas redes sociais e mobilizou ativistas e protetores dos direitos dos animais, que exigem punição exemplar. Maus-tratos a cães e gatos são considerados crime grave no Brasil, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão, além de multa e proibição da posse de animais. Em casos que envolvem a morte dos bichos, a penalidade pode ser ainda maior.
O médico segue detido e está à disposição da Justiça.