Na noite de ontem, o Flamengo mostrou por que é considerado o time mais forte da América do Sul ao vencer o Internacional por 2 a 0 no Beira-Rio, pelas oitavas de final da Libertadores. A única “surpresa” que o Inter conseguiu causar foi antes do apito inicial, com uma chuva de papel picado que atrasou o jogo em mais de vinte minutos — um gesto que acabou parecendo mais uma tentativa frustrada de desestabilizar o adversário.
Mas o Flamengo não se abalou. Com postura firme e organizada, dominou completamente o time de Roger Machado, que não conseguiu reagir em nenhum momento. A diferença entre os dois clubes, que já era evidente no aspecto financeiro, ficou ainda mais clara dentro de campo — taticamente, tecnicamente e até emocionalmente.
O sistema defensivo rubro-negro foi impecável, o meio-campo brilhou com Saúl e Jorginho, e o ataque foi letal com Gonzalo Plata e De Arrascaeta, que desorientaram a defesa colorada. Filipe Luís, além de comandar a equipe com maestria, anulou completamente as investidas do Inter.
Do lado colorado, a apatia foi gritante. Um lance no fim do primeiro tempo simbolizou bem isso: com uma falta no ataque e segundos restantes, o time preferiu trocar passes burocráticos em vez de tentar uma jogada mais agressiva. A falta de indignação foi tão chocante quanto a derrota.
Enquanto os torcedores do Flamengo aproveitavam a estadia em Porto Alegre com leveza e confiança, os colorados enfrentaram uma das noites mais melancólicas da história recente do clube. Hoje, o abismo entre Inter e Flamengo não é apenas simbólico — é visível em cada jogada