Na manhã desta sexta-feira (22), a professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, foi detida preventivamente em Palmeira das Missões, no Norte do Rio Grande do Sul. Ela é acusada de agredir um menino de quatro anos com uma pilha de livros dentro de uma sala de aula da Escola Infantil Xodó da Vovó, localizada em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.
📹 Agressão registrada por câmeras
O episódio ocorreu na última segunda-feira (18) e foi captado pelas câmeras de segurança da instituição. As imagens mostram a educadora gritando com o aluno e, em seguida, desferindo um golpe com os livros, cujo impacto é audível na gravação. Após a agressão, ela limpa a boca da criança com um papel e a leva para outro ambiente.
🦷 Consequências físicas e investigação
A criança sofreu a perda de um dente e teve outros cinco comprometidos, sendo necessário o uso de aparelho ortodôntico. Inicialmente, a professora alegou que o menino havia caído no banheiro, mas a versão foi contestada por uma dentista, que apontou que os ferimentos não condiziam com uma queda. Diante disso, os pais solicitaram as imagens à escola, que prontamente entregou o material e pediu desculpas.
👮 Inquérito e possível enquadramento por tortura
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente instaurou um inquérito para apurar o caso, que está sendo tratado como maus-tratos com lesão grave. A delegada responsável, Thalita Giacomiti Andriche, não descarta a possibilidade de o crime ser enquadrado como tortura, dada a gravidade da agressão.
⚖️ Defesa e medidas legais
Durante o interrogatório na delegacia, Leonice optou por permanecer em silêncio, acompanhada de seu advogado, Henrique Bischoff Hartmann, que informou que solicitará habeas corpus para sua cliente.
🏫 Posicionamento da escola
A Escola Infantil Xodó da Vovó, que atende cerca de 90 crianças, demitiu a professora após verificar as imagens. A direção acompanhou os pais até a delegacia e reforçou seu compromisso com uma educação pautada no cuidado, na ética e na segurança dos alunos.
💬 Indignação dos pais
O pai da criança expressou sua revolta: “Se chega a quebrar o pescoço do meu filho ali naquela mesa... Eu tenho certeza que de 8 a 10 kg, com certeza, tem naqueles livros”.
O caso segue sob investigação e mobiliza a comunidade escolar e autoridades locais em busca de justiça e proteção às crianças.