Imagens de satélite desta quinta-feira revelam a presença de dois ciclones extratropicais sobre o Atlântico Sul. Um deles, de menor porte e intensidade, está próximo à costa da Argentina. O outro, bem mais poderoso e extenso, encontra-se distante do continente.
🔹 Sem risco para o Brasil Segundo a MetSul Meteorologia, nenhum dos dois sistemas representa ameaça ao território brasileiro. O ciclone mais forte, com pressão atmosférica de 982 hPa, já causou impactos no início da semana, como ventos de até 101 km/h no Rio Grande do Sul e 84 km/h em Santa Catarina. Em São Paulo, houve tempestades de poeira, e no Rio de Janeiro, aviões precisaram arremeter devido aos ventos intensos.
🔹 Mudança no clima O ciclone menor, localizado perto da Argentina, está associado a uma massa de ar frio que deve trazer temperaturas mais amenas para o Leste do Sul do Brasil, além de áreas litorâneas de São Paulo e Rio de Janeiro nos próximos dias.
🌬️ Ciclones são comuns na região Apesar da frequência desses fenômenos causar surpresa, eles são típicos do Atlântico Sul, especialmente durante o outono, inverno e início da primavera. A formação de ciclones extratropicais é favorecida pelo encontro de massas de ar com características opostas — o ar polar vindo da Antártica colide com o ar quente e úmido dos trópicos e da Amazônia, criando condições ideais para a ciclogênese.
🌐 Fatores que intensificam os ciclones A corrente de jato, uma faixa de ventos fortes em altas altitudes, atua como motor para o desenvolvimento desses sistemas. Além disso, o encontro entre as correntes marítimas do Brasil (quente) e das Malvinas (fria) potencializa a formação e intensificação dos ciclones.
🌧️ Importância climática Esses sistemas são fundamentais para o equilíbrio climático da região, regulando chuvas, trazendo ar frio e influenciando o tempo no Cone Sul. Embora possam causar transtornos, fazem parte da dinâmica atmosférica natural da América do Sul.