Uma Comissão Independente de Inquérito, designada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, divulgou nesta terça-feira (16) um relatório contundente que acusa Israel de praticar atos que caracterizam genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.
Segundo o documento, Israel teria cometido quatro dos cinco atos definidos como genocidas pela Convenção para Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, incluindo assassinatos, bloqueio à ajuda humanitária, danos físicos e psicológicos à população, deslocamentos forçados e até a destruição de uma clínica de fertilidade.
A presidente da Comissão, Navi Pillay, afirmou que há evidências claras de uma intenção deliberada de destruir o grupo palestino em Gaza. “A comunidade internacional não pode permanecer em silêncio diante de uma campanha genocida orquestrada por autoridades israelenses”, declarou.
O relatório também responsabiliza diretamente líderes israelenses, como o presidente Isaac Herzog, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, por incitação ao genocídio e por não tomarem medidas para impedir tais ações.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou as conclusões da Comissão, classificando-as como “falsas”.
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