Nesta quinta-feira, os habitantes de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, ficaram intrigados ao notar uma camada de pó amarelo sobre carros, calçadas, vegetação e até piscinas. O fenômeno ocorreu logo após uma chuva e levantou dúvidas sobre sua origem.
Embora esse tipo de precipitação possa ter diversas causas — como poeira de áreas desérticas ou resíduos industriais — a explicação mais provável é natural: trata-se de pólen transportado pelo vento, vindo de árvores do tipo pinus localizadas no lado uruguaio da fronteira.
Durante a primavera, essas coníferas liberam grandes quantidades de pólen seco e leve, ideal para polinização pelo vento (anemofilia). Esse pólen pode viajar quilômetros antes de se depositar em superfícies, formando uma película amarelada. Embora o eucalipto também produza pólen, ele não é tão abundante nem tão visível quanto o do pinus.
Apesar de ser inofensivo para a maioria das pessoas, o pólen pode causar desconforto em quem sofre de alergias respiratórias, como rinite. O vento forte típico da estação intensifica a dispersão do pólen, tornando o fenômeno ainda mais perceptível.
Esse espetáculo natural é um sinal claro da fase reprodutiva das árvores, essencial para a perpetuação das espécies — e um lembrete de como processos ecológicos podem impactar diretamente o cotidiano humano.
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