O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (1º) que os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), não poderão depor como testemunhas na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Os dois haviam sido indicados pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro e réu em um dos núcleos do processo conduzido pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão de Moraes se baseia no fato de que ambos têm vínculos diretos com o ex-presidente e estão implicados em investigações correlatas.
Eduardo Bolsonaro é alvo de apuração por supostamente ter buscado apoio de autoridades norte-americanas contra o STF. Já Carlos Bolsonaro foi indiciado por envolvimento na chamada "Abin Paralela", esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência.
Para Moraes, as investigações são interligadas e o grau de proximidade familiar comprometeria a imparcialidade dos depoimentos. “Não há como ouvi-los como testemunhas, dado o vínculo direto com um dos investigados e sua participação em apurações conexas”, declarou o ministro.
O caso continua a avançar no STF, com novos desdobramentos previstos para as próximas semanas.