📶 Estudo revela desigualdade no acesso à internet no Brasil


Uma pesquisa realizada pela Anatel em parceria com o Idec revelou que muitos brasileiros enfrentam dificuldades para se manter conectados à internet, especialmente os de baixa renda. O levantamento mostrou que mais de um terço das pessoas que ganham até três salários mínimos ficaram ao menos sete dias sem acesso à internet móvel no mês anterior à pesquisa — e entre os que ganham até um salário mínimo, 11,6% ficaram desconectados por mais de 15 dias.

A principal razão para esse tempo offline é a falta de franquia de dados nos celulares. Sem acesso ao Wi-Fi, 63,8% dos entrevistados deixaram de usar serviços bancários, 56,5% não conseguiram acessar plataformas do governo, 55,2% interromperam os estudos e 52,3% ficaram sem atendimento de saúde online.

📱 Outro ponto abordado foi o impacto da renda na compra de celulares. Mais da metade dos entrevistados com renda de até um salário mínimo têm aparelhos que custaram menos de R$ 1 mil, enquanto os de renda mais alta usam dispositivos mais caros. Apesar disso, a maioria dos brasileiros possui celulares relativamente novos — com menos de dois anos de uso.

💻 Já em relação aos computadores, quase metade dos que não possuem um apontaram o alto custo como principal motivo. Outros alegaram falta de interesse ou desconhecimento sobre como usar o equipamento.

🔍 A pesquisa também avaliou o nível de satisfação dos usuários com seus dispositivos, infraestrutura de internet, habilidades digitais e capacidade de atender às necessidades de conexão. As notas foram boas em geral, mas pessoas mais vulneráveis, como idosos e quem ganha até um salário mínimo, demonstraram menor domínio das habilidades digitais.

Segundo os especialistas do Idec e da Anatel, os dados reforçam a necessidade de políticas públicas que promovam uma conectividade mais justa e significativa, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso pleno aos seus direitos no ambiente digital.

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