A Polônia pediu uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas após detectar pelo menos 19 incursões de drones russos em seu território. Alguns desses drones penetraram tão profundamente no espaço aéreo polonês que quatro aeroportos precisaram suspender temporariamente seus voos. As autoridades conseguiram recuperar fragmentos de 16 drones abatidos.
Esse episódio marca a primeira vez que um país membro da OTAN se envolve diretamente com drones russos desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radosław Sikorski, afirmou que os drones não se desviaram por acidente, mas foram direcionados intencionalmente ao espaço aéreo polonês, o que gerou preocupação entre os aliados da OTAN.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, declarou que esse ataque representa uma escalada do conflito, e não seu fim. Segundo ela, o presidente russo Vladimir Putin estaria testando os limites da resposta ocidental.
Embora o espaço aéreo polonês já tenha sido violado anteriormente, nunca houve uma ação dessa magnitude. A Polônia apontou que muitos dos drones vieram da vizinha Bielorrússia. Em resposta, o general bielorrusso Pavel Muraveiko tentou se distanciar do incidente, alegando que os drones haviam perdido a rota e que Minsk havia alertado os países vizinhos sobre aeronaves não identificadas se aproximando de seu território.
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